Roteiro urbano de consumo consciente en CompostelaHá três áreas na mudança para um consumo nom consumista, no caminho do respeito ao meio ambiente e ao mesmo tempo da geraçom de formas de trabalho mais estáveis, inclusivas e humanas do que as atuais. Podemos lutar ao mesmo tempo para sair da crise capitalista e respeitar a natureza, e também fazer isso sem abafar, sermos mais felizes.

No pessoal / família: podemos mudar os nossos hábitos em quase todas as áreas da vida, só é preciso termos os critérios adequados e investigar um pouco. Que critérios? É mui simples, que os nossos atos respeitem o meio ambiente e melhorem as condiçons de vida das pessoas afetadas por eles.

No comunitário: as mudanças pessoais são importantes, mas têm um efeito limitado no social. É preciso mudar também no coletivo, nom só para alcançar maiores transformaçons, mas também porque a mudança pessoal é mais fácil e duradoura se for acompanhada. Nom se trata de sermos heróis da responsabilidade, mas de iniciar um processo de repensar e mudar a nossa forma de consumo. Podemos fazê-lo em companhia como algo positivo, sem culpar-nos nem morrer de perfeccionismo, mas sem parar.

No político: nom é possível esquecer que os governos têm de mudar a sua forma de agir para parar de favorecer apenas as grandes empresas e passar a defender as pessoas comuns e a natureza. Como nom podemos esperar que esta mudança aconteça espontânea, somos nós, quer como pessoas comuns, quer em coletivos e movimentos sociais, que temos que exigir essas transformaçons, porque temos direito.

Agora que estamos às portas do Natal, um dos momentos de maior consumismo do ano, deixamos aqui algumas dicas sobre alternativas que já som possíveis na primeira das áreas. Que consequências têm as suas compras? Som boas para a natureza? Respeitam os direitos das pessoas trabalhadoras? Fomentam a economia local?

Conselhos para um consumo com sentidinho (consciente e de proximidade)

Repensar o nosso consumo:

1) Primeiro pensa se o que vais comprar é preciso (fugir de falsas necessidades).

2) Deseducar-nos do consumismo (a publicidade costuma fazer o contrário do que predica).

3) Informar-nos e alfabetizar-nos (ler as etiquetas, procurar os selos de garantia e as denominaçons de origem, pedir informaçom às pessoas trabalhadoras).

4) Ter critérios alternativos:

-A quem e onde comprar? A empresas alternativas (economia social, produçom ecológica ou artesanal, cooperativas), a canais alternativos (venda direta, cooperativas ou grupos de consumo) ou tradicionais (mercados municipais e ambulantes, tendas de bairro…).

-Que comprar? Produçom local, produto fresco e de tempada, produto de produçom ecológica, e/ou com outros valores ecológicos (comércio justo, menos empacotado, com valores culturais e linguísticos…).

-Como levar a compra? No nosso carrinho da compra, mochila, bolsas de teia, oveiras, fiambreiras… ou reutilizando sacos descartáveis.

-Como pagar? Melhor em efetivo (o banco melhor para sentar).

-Quando comprar? Descansa e deixa descansar: evita feriados, sábados de tarde, horas intempestivas (três da tarde, nove da noite, chegar perto da hora de feche, meter pressa…).

Priorizar os seguintes pontos na hora de comprar:

-Venda o mais direta possível: a venda da pessoa produtora à consumidora (alguns postos da praça de abastos, mercados ecológicos; cooperativas ou grupos de consumo…); ou com um só intermediário(a) (alguns produtos de lojas pequenas). Estes som produtos de qualidade e temos conhecimento direto de como som produzidos.

-Pequeno comércio local: costuma ter produtos de qualidade e muitos som de trato agradável, com relaçons humanas mais próximas. Promove-se a economia de proximidade e mais igualitária.

-Umha outra opçom é o comércio justo: ainda que nom é local, sabemos que as condiçons éticas do trabalho som boas.

De ter que ir a um comércio mais grande, tentar que sejam de proximidade e que a sua política laboral e social tenha uns mínimos éticos.

Vantagens do produto local

Ganhamos soberania (porque podemos influir), aforramos energia, fomenta a economia da zona, fomenta os produtos de qualidade, conhecemos quem produz…

Embalagens

De melhor a pior:

-A granel (sem embalagem). Tenta levar o teu saquinho de teia, fiambreiras…

-Embalagens retornáveis (perguntar nas lojas).

-Reutilizáveis em casa (botes para conservas, etc.).

-Evitar os materiais descartáveis e os muito “empacotados”: pede que nom te deem sacos de plástico (vai com o teu saquinho).

Os materiais é melhor que sejam papel e cartom, vidro, madeira, tecidos naturais…

Evitar os plásticos, alumínios (latas…), Tetra Brik, PVC.

Para fazer a compra pequena o melhor é levar o teu saquinho de teia reutilizável ou similar (mochila, etc), para compras mais grandes o carrinho.

Procedência

Os produtos devem estar bem etiquetados para que nós tenhamos informaçom da sua procedência. Priorizar o que está em galego. Em lojas de frutas e similares podemos entrar fazendo umha pergunta mágica: Que tem do país? Se houver dúvidas sobre o país, diremos Galiza e territórios próximos, como o Berço, norte de Portugal e as Astúrias: assim fazemos mençom da afinidade cultural e da proximidade pola questom do transporte.

Bom proveito!

Se quigeres mais informaçom de consumo consciente a revista Opcions http://opcions.org/ analisa pormenorizadamente muitos temas de consumo.